segunda-feira, 14 de julho de 2008

A fábula da piranha aventureira

A piranha aventureira se arriscou nas ondas da pororóca atrás de um peixe que desse conta do recado. O mar não estava pra peixe, e a piranha mal-acostumada se descabelava por uma copulada de verdade. Rio São Francisco, Amazônas, Negro, Rio do Peixe, não havia esquina que desse jeito. Vida de piranha é difícil, tumultuada, muita droga, noitadas e vida sem dignidade, e nas vacas magras a louca da piranha se desescama, enlouquece!!! Ela não teve muitas oportunidades. Ainda criança aprendeu a devorar a carne impiedosa, voraz e a manchar seu sangue nas águas. A escola fez o aprendizado, fazendo a pobre piranha se deixar levar pelos caminhos errados na vida sub-aquática. Nesses tempos de seca, a vida fica difícil para as piranhas, pois os peixes sobem o rio atrás da calmaria da zona sul do leito, antes das corredeiras. Nesse caso, a conversa é refinada, em tons de malandragem nos ouvidos das salmoas; é a conhecida piracema..

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