sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Uma crônica, um plebiscito.


Então é isso?
Qual o real significado do dinheiro em nossas vidas? Depois de descobrir que trabalhamos aproximadamente 160 dias do ano (quase metade), somente para pagar os impostos, presentes em TUDO aquilo que consumimos diariamente, acho que é válida uma reflexão.Dizem que ele não traz felicidade. Ora bolas, pra mim ele traz sim. Aquela felicidade momentânea, de trocá-lo por coisas materiais que quase sempre são supérfluas. Com ele em mãos tudo se torna mais fácil, mais acessível. Porém, quando ele falta, nos vemos preocupados e cabisbaixos,sem saber o que será do dia de amanhã. Parece que com ele a pessoa desenvolve um poder diferenciado, pois pode desfrutar de todas suas felicidades momentâneas, mais como tudo na vida um dia acaba, ele pode um dia, acabar também. É a lógica do negócio.Trabalha-se por ele. Vive-se por ele. Todavia, grande parte nem é vista, o governo vêm, quase sempre faminto e abocanha a sua parte, que não é pequena. Somos seus robôs, bonecos de suas necessidades e aspirações. O mínimo aumentou, os impostos também. Quanto mais se ganha, mais se perde. Vergonha é cobrar impostos tão caros e ter de retorno ruas intransitáveis, policiamento inescrupuloso e insuficiente, verdadeiras antas de farda, que interrompem vidas inocentes diariamente. A educação é uma vergonha, falta material e merenda, só quem vive o dia-a-dia da educação no Brasil sabe que a vaca está indo pro brejo, se é que já não chegou lá. E se chegar fica. Essas mesmas estão formando os futuros governantes. Vê-se que o ciclo não tem perspectiva de mudança. Não funciona o federal nem o estadual. O governo nos dá com uma mão e nos tira com a outra, muito maior e mais esperta, que espera algum crescimento para poder tomar posse do que é do povo.Desapegar-se é uma alternativa para esquecer um pouco essa corrida sem escrúpulos atrás do capilé. Hoje, para nossos governantes o luxo e o poder são os únicos objetivos a serem alcançados. E não uma melhoria real para nossas donas de casa e pais trabalhadores,reféns do sistema, que às vezes alimentam sozinhos 6 ou 7 bocas. Porém, quase sempre aparecem, teimosos eles, de algema nas páginas dos jornais, mais já não os assusta, o dinheiro paga sua liberdade, a lei proibe as algemas.Enquanto isso, continuemos assim. Fantoches do sistema, que se apodera do nosso humilde ideal mínimo de felicidades momentâneas. Trabalhemos sim, mais não pelo dinheiro, pois esse vai continuar parando em bolsos que lhe garanto: não serão os nossos.

por Sérgio Carneiro Rodrigues Junior, Junoka.







2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

a crônica retrata um pouco da realidade vivida por mais da metade dos brasileiros...pena que poucos enxergam.
E só para não passar em branco, a vaca já foi pro brejo e já atolou!!! E enquanto isso ficamos no aguardo, de que um dia tudo seja diferente.
Em fim. super bacana.
Gostei.

Beijo Guzão!!!