Os produtos da cultura pregaram uma peça na midia essa semana. Ninguém esperava por Sandra Corveloni no palco para receber a Palma de Ouro de melhor interpretação. Nem mesmo ela. Tanto que dessa vez não houveram matérias, notícias, antes da premiação. E só de estar entre as candidatas já valeria uma matéria. Antes, Fernanda Torres havia sido a única brasileira a ganhar o premio, em 1986, pela atução no longa "EU SEI QUE VOU TE AMAR". Prova da mídia tendenciosa. Sandra Corveloni é fruto da arte brasileira independente, dos atores de pequenos teatros, das permutas de palco por aplausos. O Brasil é um celeiro de arte autoral, com criações em todos os ramos da arte em geral. O povo brasileiro, cria, monta e atua ou toca, suas criações. E como já sabemos, se pedirmos para alguém citar três atores brasileiros, encontraremos na lista nomes como Antônio Fagundes, Tony Ramos, e Fernanda Montenegro. Monstros da dramaturgia e da teledramaturgia, que acabam sendo de conhecimento da sociedade por estarem na Globo. Fora esse mundo global existe um mundo de atuação e criação artística, tanto no teatro quanto no cinema, com atores de extrema habilidade e capacidade. Atores estudiosos, dedicados e competentes na arte de representar. Escritores e diretores de alto poder de execução e produção. Muitos são capazes de fazer tal trabalho melhor que muitos que o fazem ou fizeram. Na TV, existe um mercado de atores, que passa pelo pré-requisito de modelos, sendo a principal opção de escolha. Conxavos, barganhas, Q.I. - Quem indica, nepotismos, são comuns nos corredores da Central de Novelas da Globo. Que bom que esse ano alguém desconhecido ganhou a Palma de Ouro, pelo menos assim, podemos perceber que a arte vai muito, muito além do que vemos na tv. E que no Brasil vale a pena ir ao teatro, e ver um bom filme nacional. Mas cuidado, existem porcarias por toda parte!!
terça-feira, 27 de maio de 2008
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Um comentário:
Parabéns pelo texto. Você revela situações que estão esvaziando a arte da representação.Saúde!
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